Discos de "Cabeceira": meus 10 álbuns duplos
- Gerê Alves
- 4 de ago. de 2016
- 4 min de leitura
Alguns críticos dizem que são poucos os álbuns que deveriam ter sidos lançados como disco duplo. Que muito deles, mal daria para ser um disco simples. Não vou entrar no mérito da questão, mas também concordo. Principalmente quando são discos de músicas inéditas. Na minha lista abaixo estão cinco discos nesta situação e que são fantásticos. E os outros cinco discos são shows ao vivo que mostram parte da carreira do artista e que também, em minha opinião, e como diz Tom Zé, não apresentam nenhum “defeito de fabricação”. São espetaculares.

1. Eric Clapton – Just One Night (1980)
Disco fantástico duplo, gravado ao vivo no Teatro Budokan em Tóquio em dezembro de 1979. Acompanhado por uma fantástica banda liderada por Albert Lee que toca guitarra, teclados e faz vocal no disco (All our past times) e canta Seting Me Up do Dire Straits. Duas músicas ficaram para a história: “Cocaine” e “Double Trouble” onde Mr. Clapton arrebenta com sua guitarra. Espetacular. Em minha opinião o melhor disco de Eric Clapton.
2. Peter Frampton – Frampton Comes Alive (1976)
Disco de 1976, ao vivo. É considerado o disco ao vivo mais vendido até hoje. Foi gravado na maior parte na arena Winterland na turnê de 1975 e também em San Rafael na Califórnia, Long Island e State University em New York. As músicas, “Show me the way” e “Baby I love your way” fizeram um sucesso estrondoso. E a faixa "Do You Feel Like We Do" usando o talkbox que é a utilização de um tubo ao lado do microfone que faz efeito similar a voz é uma viagem.
3. Deep Purple – Made In Japan (1972)
Versão matadora de “Smoke on the Water”. Segundo Jon Lord "esse álbum duplo não era para ser lançado fora do Japão. Eles acabaram lançando-o de qualquer maneira e ganharam o disco de platina em cerca de duas semanas." Ainda bem. Um dos melhores discos ao vivo já lançado. Um espetáculo.
4. George Harrison – All Thing Must Pass (1970)
All Things Must Pass é o primeiro álbum solo de George Harrison. Foi também o primeiro álbum triplo a ser lançado por um único artista. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. Depois saiu em CD duplo. As diversas canções do álbum eram para ter sido gravadas pelos The Beatles mas não tiveram espaço devido as canções de Lennon e McCartney. E a banda era um time de grandes músicos: Eric Clapton, Ringo Starr, Billy Preston, Alan White (baterista do Yes), Klaus Voorman, Ginger Baker, Gary Wright, Phil Colins… Um disco histórico e maravilhoso.
5. Talking Heads – The Name The Band Is Talking Heads (1982)
O nome do disco tem um simples motivo: para as pessoas saber que não deviam colocar o “The” no inicio do nome. E David Byrne não gostava. E a banda tinha lançado 4 discos célebres antes dele: Talking Heads: “77”, “More Songs About Buildings and Food”, “Fear of Music” e “Remain in Light”. São 33 faixas sendo o lado A do disco 1 composto das canções: "New Feeling", "A Clean Break", "Don't Worry About the Government", "Pulled Up" e "Psycho Killer". E posso dizer que é muito difícil achar um lado A em disco tão vibrante como este.
6. The Beatles – Album Branco (1968)
O famoso The White Album (O Álbum Branco), com o nome da banda em relevo teve a capa criada pelo artista pop Richard Hamilton e o título original era para ser A Doll's House, mas uma banda britânica chamada Family já tinha lançado um álbum com nome similar. A maioria das canções foi feita durante a “meditação” deles na Índia. Tanto as canções quanto as gravações aconteceram em um momento caótico para o grupo. É o décimo disco de inéditas do grupo e captura como nenhum outro a individualidade dos integrantes. É um clássico. Ponto.
7. Rolling Stones – Exile On Main Street (1972)
O disco é uma mistura de rock, blues, country e gospel. Tem a melhor música gravada pelos Stones: “Sweet Virginia”. Trata-se do único álbum duplo de inéditas dos Stones. E é fantástico. Talvez temos aqui Stones em sua melhor forma. Sem mais, Stones no estado bruto.
8. Supertramp – Paris (1980)
Sétimo álbum da banda de rock progressivo Supertramp e foi gravado no Tour Breakfast in America, em Novembro de 1979, em Paris, França. A faixa de abertura “School” é especial e da um início brilahnte ao disco. O set list é primoroso e contém quase todas as canções do álbum "Crime of the Century", três canções de Crisis? What Crisis?, duas de Even in the Quietest Moments, três de Breakfast in America, além de uma nova faixa "You Started Laughing" (originalmente o B-lado para a faixa "Lady" de Crisis? What Crisis?). E ainda ficaram de fora "Give a Little Bit", "Goodbye Stranger", "Even in the Quietest Moments", "Downstream", "Just a Normal Day" e "Another Man's Woman" devido às limitações de tempo.
9. Pink Floyd – The Wall (1979)
Décimo primeiro álbum de estúdio do Pink Floyd. Seguindo a tendência dos últimos três álbuns de estúdio da banda, The Wall é um álbum conceitual, tratando de temas como abandono e isolamento pessoal. Foi concebido, inicialmente, durante a turnê In the Flesh, em 1977, quando a frustração do baixista e letrista Roger Waters para com seus espectadores tornou-se tão aguda que ele se imaginou construindo um muro entre o palco e o público. Um dos maiores e melhores discos já gravados.
10. Led Zeppelin – Physycal Graffiti (1975)
É o sexto álbum de estúdio do Led Zeppelin, lançado em 24 de fevereiro de 1975, como um álbum duplo. Foi o primeiro álbum editado pela Swan Song Records, a gravadora criada pela banda, demonstra o máximo de suas habilidades, e o álbum aponta para vários estilos e influências. Physical Graffiti é frequentemente citado como um dos maiores álbuns de todos os tempos. Se o álbum foi importante? Muito, pois logo após o lançamento de Physical Graffiti, todos os álbuns lançados anteriormente pelo Led Zeppelin retornaram para lista dos 200 álbuns mais ouvidos.
E quais são seus 10 álbuns duplos “de cabeceira”?
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